Alma do Pampa
Xirú Missioneiro
Esse coração, que pulsa meu pampa
Parido nos galpões das sesmarias
Trás nos seus brasões e na estampa
Os vulgores e bravuras da minha cria
É a alma dos gaúchos de outros tempos
De gaudério retoçado ou nas encilhas
Retrechando a própria alma pra o sustento
Atrevido nesses lombos de coxilhas
(Sangue de gaucho não renega)
(Aguenta o repuxo do destino)
(Heróico e valente na refrega desfraldando altivez do chão sulino)
A fibra do meu povo ainda persiste
Nas fardas operárias e campesinas
Um mundo de ternura ainda existe
Pra construir com muita honra nossa sina
Esse sangue que flui de nossas entranhas
Tem a pátria do rio grande combatente
Que ressurgindo e brotando forças tamanhas
Pra fecundar a amplitude da minha gente
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