De Repente de Cá Pra Lá, Dirrepente Daqui Pra Lá
Fabinho Ribeiro
Vai, menino, vai
Leva essa prosa, abre fronteiras
Na batucada do tambor da Tabajara
Samba e canta o sonho de Madureira
Chega mais eu, menino
Vem ouvir os causos desse seu lugar
Um cantador não bole com destino
Mas põe asa na palavra pro mundo avoar
Eram judeus fugidos da fogueira
Pros canaviais de um recife holandês
No toma lá dá cá da história brasileira
Portugal mandou fugirem outra vez
E foi cabra lá pras bandas
Do Caribe e da Holanda
Outros foram prisioneiros
De piratas arengueiros
Livrados da morte, se arribam para o norte
E fundam a cidade que hoje chama Nova Yorque
Lá tem a estátua também vinda do estrangeiro
Todo povo tem um pouco do mundo inteiro
Chega mais eu, menino
Me arresponde esse repente
A gente muda de lugar
Ou o lugar muda da gente?
Nesse verso azul e branco
O poema da liberdade
Pede teto ao sem abrigo
Refugiados da tempestade
Quem conta um conto nem sempre aumenta um ponto
O cordel é minha arte
Mas o samba é o estandarte
Quem é Portela tem história em toda parte
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