Nordestenamente
Banda Terra
Quero
A rapa, garapa do engenho
Firula da chama, candeeiro
Fandanga, filho zanga, marmeleiro
Mordo
Os nacos maduros do futuro
Gomos carnudos, lábios vermelhos
Boas novas que vêm de Juazeiro
Devo
Num átimo descalço grito
Levitar o nordestino coração ao infinito
Feito o “Azulão” de Catulo e os “Tico-Ticos”
Fico
Num borandá filho da puta, labirinto
Me enfastiá de bom cantá, matá no grito
Em desmantelo, meu Sertão abre teu bico
Pito
Vermelhidão, flauta de pã, campo de justas
Balas e putas em meu corpo agasalhar
Nosso deitar, qualquer dia desses, pode morrer
Assim
Deixo a lembrança da “Asa Branca” para traz
Esse ano faz nova estação, deve chover
Um pingo d’água, arribação, verde viver
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